sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

GAMES: Análise - Tales of Hearts R

GAMES

PS Vita

Tales of Hearts R






Produtora: Bandai Namco Games
Ano de lançamento: 2013, 2014 
Jogadores: 1 




      Criada pela Namco (a casa de Tekken e Soul Calibur), a série Tales of é uma das franquias de RPG mais famosas do Japão, perdendo apenas para o Final Fantasy, Dragon Quest e Kingdom Hearts. Também é uma das mais famosas da empresa, ao lado de Tekken e Soul Calibur. Apesar de possuir quase todos os conceitos de um RPG tradicional, a série Tales inova no seu sistema de combates, na qual o jogador controla diretamente o seu guerreiro, e este pode sair detonando os inimigos, mais ou menos como num game do estilo beat’em up (estilo Double Dragon e Streets of Rage).

     A série teve seu início em 1995, com Tales of Phantasia, para o Super NES. O game fez muito sucesso e gerou várias continuações, alguns bem sucedidos (até mais do que o próprio Phantasia), como os populares Tales of Symphonia e Tales of the Abyss, mas houve também aqueles que não conseguiram fazer o mesmo sucesso, como foi no caso dos contestados Tales of Legendia e Tales of the Tempest.

     Tales of Hearts foi o 11º jogo da franquia Tales (depois do Vesperia e antes de Tales of Graces), e foi lançado para o Nintendo DS em 2008 (apenas no Japão), e no portátil da Nintendo, o jogo tinha visual e jogabilidade 2D, no mesmo estilo de Tales of Phantasia.

     A história do game gira em torno do jovem Kor Meteor (Shing Meteoryte na versão japonesa), um rapaz que dominou o poder dos Somas (espécie de arma usada no game, controlada através do espírito do usuário), e deverá proteger uma misteriosa garota chamada Kohaku Hearts, que está sendo perseguida por uma entidade maligna liderada pela Incarose, uma poderosa feiticeira (não vou contar os motivos desta perseguição, para não gerar spoilers...). Para isso, Kor deverá contar com ajuda de seus amigos (que vai conhecendo no decorrer do jogo), inclusive de Hisui, o irmão da Kohaku que a protege a qualquer custo.

     Além disso, Kor e seus amigos deverão proteger as pessoas diante das ameaças dos Xeroms, criaturas com energias negativas que controlam as mentes das pessoas, fazendo com que elas tenham sentimentos como o ódio e a tristeza.  

    O game chegou ao PS Vita como um remake, ou seja, o jogo teve que ser totalmente reformulado. Além disso, foi bem modificado. Esqueça os gráficos e jogabilidade 2D da versão do Nintendo DS, pois aqui todo o ambiente é 3D, como no Symphonia e no Abyss.  Da versão original restaram apenas a história e os respectivos personagens.

     O grande destaque é o sistema de combates do game. Os esquemas de combate dessa versão para PS Vita lembram muito Tales of the Abyss. A grande novidade é que agora é possível fazer combos aéreos à la Marvel VS Capcom e Rival Schools, deixando os combates ainda mais frenéticos. As arrasadoras técnicas especiais (Mystic Artes) também estão presentes no game.

     O sistema de evolução dos personagens é um pouco diferente dos outros jogos da série, pois desta vez é o próprio jogador quem deverá escolher e distribuir os pontos para melhorar o nível de habilidade de cada personagem.

     O visual do game segue o padrão da série e lembra muito Tales of Graces f (lançado para PS3). Mesmo assim, os gráficos de Tales of Hearts são bem simples e deixaram um pouco a desejar, sendo um pouco difícil compará-lo com outros jogos da plataforma, como o Persona 4 Golden, Gravity Rush, Muramasa Rebirth e Freedom Wars, que possuem gráficos com qualidade bem superior.

     No final das contas, a simplicidade dos gráficos acaba sendo compensada com o carisma dos personagens, todos desenvolvidos pela mangaká Mutsumi Inomata (de Tales of Destiny e Tales of Graces, e responsável pelo design da personagem Milla Maxwell em Tales of Xillia).

     As músicas seguem o padrão da série, ou seja, são boas, mas não tem nada de especial. Desta vez a Namco resolveu preservar as vozes originais japonesas, acompanhadas com legendas em inglês, sendo ideal para quem curte animes e tem uma opinião mais conservadora em relação à dublagem dos personagens.
     A história é simples, com alguns clichês (é praticamente impossível encontrar algum game que não tenha algum tipo de clichê na história...), mas é bem divertida. Um detalhe que incomoda um pouco são os encontros randômicos dos inimigos durante a exploração das fases. Infelizmente não é possível driblar os inimigos para evitar os combates. 

     Mesmo perdendo para Tales of Symphonia (o melhor jogo da série, na minha opinião), Tales of the Abyss (o segundo melhor!) e Tales of Xillia (o terceiro, que completa o pódio...), Tales of Hearts R traz algumas inovações e é uma boa opção para quem que é fã da série (ou de RPGs japoneses), conseguindo a quarta colocação dentro da série, o que não é nada mal.



Prós:

  • a boa jogabilidade;
  • personagens carismáticos;
  • enredo simples e divertido;
  • sistema de combates, agora com combos aéreos;
  • textos em inglês com dublagem original japonesa;



Contras:

  • os gráficos deixaram um pouco a desejar...
  • os encontros randômicos dos inimigos;
  • muitas diferenças em relação à versão original do Nintendo DS;

 

Nota: 8,2 - ótimo






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