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PS Vita
PS Vita
Tales of Hearts R
Produtora: Bandai Namco Games
Ano de lançamento: 2013, 2014
Jogadores: 1
Criada pela Namco (a casa de Tekken e Soul Calibur), a série Tales of é uma das franquias de RPG mais famosas do
Japão, perdendo apenas para o Final Fantasy, Dragon Quest e Kingdom Hearts.
Também é uma das mais famosas da empresa, ao lado de Tekken e Soul Calibur. Apesar
de possuir quase todos os conceitos de um RPG tradicional, a série Tales inova
no seu sistema de combates, na qual o jogador controla diretamente o seu
guerreiro, e este pode sair detonando os inimigos, mais ou menos como num game
do estilo beat’em up (estilo Double Dragon e Streets of Rage).
A série teve seu início em 1995, com Tales of Phantasia,
para o Super NES. O game fez muito sucesso e gerou várias continuações, alguns
bem sucedidos (até mais do que o próprio Phantasia), como os populares Tales of
Symphonia e Tales of the Abyss, mas houve também aqueles que não conseguiram
fazer o mesmo sucesso, como foi no caso dos contestados Tales of Legendia e
Tales of the Tempest.
Tales of Hearts foi o 11º jogo da franquia Tales (depois do
Vesperia e antes de Tales of Graces), e foi lançado para o Nintendo DS
em 2008 (apenas no Japão), e no portátil da Nintendo, o jogo tinha visual e
jogabilidade 2D, no mesmo estilo de Tales of Phantasia.
A história do game gira em torno do jovem Kor Meteor (Shing Meteoryte na versão japonesa), um rapaz que dominou o poder dos
Somas (espécie de arma usada no game, controlada através do espírito do usuário),
e deverá proteger uma misteriosa garota chamada Kohaku Hearts, que está sendo perseguida por uma entidade maligna liderada pela Incarose, uma poderosa feiticeira (não vou contar os motivos desta perseguição, para não gerar
spoilers...). Para isso, Kor deverá contar com ajuda de seus amigos (que vai
conhecendo no decorrer do jogo), inclusive de Hisui, o irmão da Kohaku que a protege a qualquer custo.
Além disso, Kor e seus amigos deverão proteger as pessoas diante
das ameaças dos Xeroms, criaturas com energias negativas que controlam as
mentes das pessoas, fazendo com que elas tenham sentimentos como o ódio e a tristeza.
O game chegou ao PS Vita como um remake, ou seja, o jogo
teve que ser totalmente reformulado. Além disso, foi bem modificado. Esqueça os
gráficos e jogabilidade 2D da versão do Nintendo DS, pois aqui todo o ambiente
é 3D, como no Symphonia e no Abyss. Da versão original restaram apenas a história e os respectivos
personagens.
O grande destaque é o sistema de combates do game. Os
esquemas de combate dessa versão para PS Vita lembram muito Tales of the Abyss. A grande novidade é que
agora é possível fazer combos aéreos à la Marvel VS Capcom e Rival Schools,
deixando os combates ainda mais frenéticos. As arrasadoras técnicas especiais (Mystic Artes)
também estão presentes no game.
O sistema de evolução dos personagens é um pouco diferente
dos outros jogos da série, pois desta vez é o próprio jogador quem deverá
escolher e distribuir os pontos para melhorar o nível de habilidade de cada
personagem.
O visual do game segue o padrão da série e lembra muito
Tales of Graces f (lançado para PS3). Mesmo assim, os gráficos de Tales of
Hearts são bem simples e deixaram um pouco a desejar, sendo um pouco difícil
compará-lo com outros jogos da plataforma, como o Persona 4 Golden, Gravity Rush, Muramasa
Rebirth e Freedom Wars, que possuem gráficos com qualidade bem superior.
No final das contas, a simplicidade dos gráficos acaba sendo
compensada com o carisma dos personagens, todos desenvolvidos pela mangaká
Mutsumi Inomata (de Tales of Destiny e Tales of Graces, e responsável pelo
design da personagem Milla Maxwell em Tales of Xillia).
As músicas seguem o padrão da série, ou seja, são boas, mas
não tem nada de especial. Desta vez a Namco resolveu preservar
as vozes originais japonesas, acompanhadas com legendas em inglês, sendo ideal
para quem curte animes e tem uma opinião mais conservadora em relação à
dublagem dos personagens.
A história é simples, com alguns clichês (é praticamente
impossível encontrar algum game que não tenha algum tipo de clichê na
história...), mas é bem divertida. Um detalhe que incomoda um pouco são os encontros randômicos
dos inimigos durante a exploração das fases. Infelizmente não é possível driblar
os inimigos para evitar os combates.
Mesmo perdendo para Tales of Symphonia (o
melhor jogo da série, na minha opinião), Tales of the Abyss (o segundo melhor!)
e Tales of Xillia (o terceiro, que completa o pódio...), Tales of Hearts R traz
algumas inovações e é uma boa opção para quem que é fã da série (ou de RPGs
japoneses), conseguindo a quarta colocação dentro da série, o que não é nada
mal.
Prós:
- a boa jogabilidade;
- personagens carismáticos;
- enredo simples e divertido;
- sistema de combates, agora com combos aéreos;
- textos em inglês com dublagem original japonesa;
Contras:
- os gráficos deixaram um pouco a desejar...
- os encontros randômicos dos inimigos;
- muitas diferenças em relação à versão original do Nintendo DS;
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